O Twitter deixará de remover o ‘conteúdo hackeado’ que não seja compartilhado por hackers na plataforma.
A plataforma foi criticada por bloquear links para histórias do New York Post sobre o filho de Joe Biden essa semana.
O Twitter está mudando sua política contra a publicação de materiais pirateados, após críticas por ter lidado com uma história do New York Post sobre o ex-Vice Presidente dos EUA, Joe Biden e seu filho Hunter.
Leia também: Twitter restringe a conta da campanha Trump e proíbe o tweeting
O líder de confiança e segurança do Twitter, Vijaya Gadde, tweetou um tópico na noite de quinta-feira dizendo que a plataforma “não removeria mais o conteúdo hackeado a menos que fosse compartilhado diretamente pelos hackers ou por aqueles que agem em concertação com eles”.
Em vez disso, o Twitter vai rotular tweets em vez de bloqueá-los.
A decisão do Twitter
A mudança vem depois que o Twitter bloqueou links para artigos do Post que afirmavam mostrar que Hunter Biden apresentou seu pai a um executivo da empresa de energia ucraniana Burisma.
A precisão da história do Post foi posta em questão por várias organizações de verificação de fatos.
“Não queremos incentivar o hacking, permitindo que o Twitter seja usado como distribuição para materiais possivelmente obtidos ilegalmente”, Twitter Safety tweetou, explicando a decisão.
Mas o CEO do Twitter, Jack Dorsey, tweetou na sexta-feira (16) que “o bloqueio direto de URLs estava errado, e nós atualizamos nossa política e nossa aplicação para corrigir”. Nosso objetivo é tentar acrescentar contexto, e agora temos capacidade para fazer isso”.
Confusões e políticas de informações
Gadde disse que a política de materiais pirateados do Twitter foi posta em prática em 2018 “para desencorajar e mitigar os danos associados aos hacks e à exposição não autorizada de informações privadas”.
“Tentamos encontrar o equilíbrio certo entre a privacidade das pessoas e o direito de livre expressão, mas podemos fazer melhor”.
Ele acrescentou que a empresa está mudando sua política para “abordar as preocupações de que poderia haver muitas consequências não intencionais para jornalistas, denunciantes e outros de forma contrária ao propósito do Twitter de servir à conversa pública”.
Leia também: O Twitter contra fake news: A plataforma já sofre mudanças
O Twitter continua a bloquear links para os artigos do Post por violar suas regras contra o compartilhamento de informações privadas. E, segundo a NBC News, o FBI está investigando se os e-mails mencionados no artigo do Post estão ligados a uma operação de inteligência estrangeira.
A Comissão do Senado dos EUA planeja intimar Dorsey, com senadores republicanos chamando sua decisão de “interferência eleitoral”.
Traduzido e adaptado por equipe Revolução.etc.br
Fontes: The Verge, NBC News, Twitter, The Wall Street Journal