Startup quer tornar a construção de edifícios rápida, flexível e verde com “componentes” reutilizáveis

Startup quer tornar a construção de edifícios rápida, flexível e verde com “componentes” reutilizáveis.

Startup quer tornar a construção de edifícios rápida, flexível e verde com "componentes" reutilizáveis 3
Foto: (reprodução/WoHo)

Os edifícios são os alicerces da civilização – lugares para viver, lugares para trabalhar e lugares para brincar. No entanto, a forma como concebemos os edifícios, os arquitetamos para seus usos e, por fim, os construímos em um local, mudou muito pouco nas últimas décadas. 

Os custos de moradia e construção continuam a aumentar, e permanece um lento processo linear desde a concepção até a construção para a maioria dos projetos. Por que todo o processo não pode ser mais flexível e rápido?

Um trio de engenheiros e arquitetos do MIT e da Georgia Tech estão explorando exatamente essa questão.

A iniciativa verde do momento

O ex-tesoureiro do MIT Israel Ruiz junto com os arquitetos Anton Garcia-Abril do MIT e Debora Mesa da Georgia Tech se uniram em uma start-up chamada WoHo (abreviação de “World Home”) que está tentando repensar como construir um edifício moderno, criando “componentes” mais flexíveis que podem ser conectados entre si para criar uma estrutura.

Ao criar componentes utilizáveis em uma variedade de tipos de edifícios e tornando-os fáceis de construir em uma fábrica, o objetivo da WoHo é reduzir os custos de construção, maximizar a flexibilidade para arquitetos e oferecer espaços atraentes para os usuários finais, tudo isso enquanto torna os projetos mais ecológicos em um mundo hostil ao clima.

Ideias atrativas e projetos sustentáveis

As ideias da equipe chamaram a atenção de Katie Rae, CEO e diretora administrativa do The Engine, um fundo especial que saiu do MIT e que é notável por seus horizontes de longo tempo para investimentos de capital de risco. O fundo está apoiando a WoHo com US$ 4,5 milhões em capital inicial.

Ruiz passou a última década supervisionando o programa de construção de capital do MIT, incluindo a construção da Kendall Square, um bairro próximo ao MIT que se tornou um importante centro de inovação biotecnológica. Através desse processo, ele viu os desafios da construção, particularmente para os tipos de espaços únicos necessários para empresas inovadoras. 

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Ao longo dos anos, ele também construiu amizades com Garcia-Abril e Mesa, a dupla por trás do Ensamble Studio, um escritório de arquitetura.

Com WoHo, “é a integração do processo desde o projeto e conceito na arquitetura até a montagem e construção desse projeto”, explicou Ruiz.

 “Nossa tecnologia é adequada para ascensão de baixo para alto, mas em particular fornece os melhores resultados para ascensão de médio para alto”, ele diz.

O que são exatamente esses componentes da WoHo?

 Pense neles como blocos bem projetados e reutilizáveis que podem ser conectados entre si para criar uma estrutura. 

Estes blocos são consistentes e são projetados para serem facilmente fabricados e transportados. Uma inovação chave está em torno de um cimento reforçado melhorado que permite uma melhor qualidade de construção a um menor custo ambiental, uma vez que o cimento é um dos maeriais mais poluentes do mundo, como publicado em um artigo do jornal The Guardian.

Já vimos edifícios modulares antes, tipicamente edifícios de apartamentos onde cada apartamento é um bloco único que pode ser ligado a uma estrutura construída (veja, por exemplo, este projeto em Sacramento também nos EUA). 

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WoHo, no entanto, quer ir mais longe em ter componentes que oferecem mais flexibilidade e arranjos, e também atuar como a própria estrutura. Isso dá aos arquitetos muito mais flexibilidade.

Ainda é cedo, mas o grupo já conseguiu alguma tração no mercado, fazendo uma parceria com a empresa suíça de concreto e materiais de construção,a LafargeHolcim, para trazer suas ideias para o mercado. A empresa está construindo um projeto de demonstração em Madri, na Espanha e visando um segundo projeto em Boston, nos EUA, para o próximo ano.

Traduzido e adaptado por equipe Revolução.etc.br

Fontes: Tech Crunch, The Guardian