O Google está colocando a inteligência Artificial e as tecnologias de aprendizado de informática nas mãos dos jornalistas.
A empresa anunciou na quarta-feira (14) um conjunto de novas ferramentas, o Journalist Studio, que permitirá que os repórteres façam seu trabalho mais facilmente.
No lançamento, a conjunto inclui uma série de ferramentas existentes, bem como dois novos produtos destinados a ajudar os repórteres na busca de grandes documentos e na visualização de dados.
A primeira ferramenta é chamada Pinpoint e foi projetada para ajudar os repórteres a trabalhar com grandes conjuntos de arquivos – como aqueles que contêm centenas de milhares de documentos.
A Pinpoint funcionará como uma alternativa ao uso da função “Ctrl + F” para buscar manualmente palavras-chave específicas nos documentos. Em vez disso, a ferramenta aproveita a Busca Google e seu Knowledge Graph, uma I.A., com o reconhecimento óptico de caracteres e tecnologias de fala para texto.
É capaz de classificar por meio de PDFs digitalizados, imagens, notas manuscritas e arquivos de áudio para identificar automaticamente as personalidades, organizações e locais-chave que são mencionados.
A Pinpoint destacará estes termos e até mesmo seus sinônimos através dos arquivos para fácil acesso aos dados-chave.
A ferramenta já foi utilizada por jornalistas no USA Today, para seu relatório sobre 40.600 mortes relacionadas à COVID-19, vinculadas a lares de idosos.
O jornalismo e a inteligência artificial
O Google observa que o Pinpoint também pode ser usado para projetos de curto prazo – como a análise feita pelo Rappler, sediado nas Filipinas, dos relatórios da CIA dos anos 70.
A Pinpoint está disponível agora para os jornalistas interessados, que podem se inscrever para solicitar acesso.
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A ferramenta suporta atualmente sete idiomas: inglês, francês, alemão, italiano, polonês, português e espanhol.
O Google também fez parceria com o Center for Public Integrity, Document Cloud, o programa Big Local News da Universidade de Stanford e o The Washington Post para criar coleções compartilhadas que estão disponíveis para todos os usuários.
A segunda nova ferramenta que está sendo introduzida hoje é The Common Knowledge Project, ainda em fase beta.
A ferramenta permite que os jornalistas explorem, visualizem e compartilhem dados sobre questões importantes em suas comunidades locais, criando seus próprios gráficos interativos usando milhares de pontos de dados em uma questão de minutos, diz a empresa.
Traduzido e adaptado por equipe Revolução.etc.br
Fonte: Tech Crunch, Journalist Studio