Facebook diz restringir o conteúdo para acabar com violência nas Eleições nos EUA

O Facebook diz que poderia restringir agressivamente o conteúdo se as eleições presidenciais americanas provocarem tumultos violentos, de acordo com o Financial Times. 

Facebook diz restringir o conteúdo para acabar com violência nas Eleições nos EUA
Foto: (reprodução/internet)

O chefe de assuntos globais Nick Clegg disse à FT que o Facebook estava olhando para “algumas opções  disponíveis para nós se realmente houver um conjunto de circunstâncias extremamente caótico e, pior ainda, violento”.

Clegg não discutiu quais eram essas opções. Mas ele mencionou o uso passado do Facebook de “medidas bastante excepcionais para restringir significativamente a circulação de conteúdo em nossa plataforma”, implantadas em países onde existe “uma verdadeira instabilidade cívica”.

 Uma fonte anônima disse que a empresa havia modelado 70 resultados eleitorais e como responder a eles, confiando no pessoal, incluindo “planejadores de cenários militares de classe mundial”.

O Facebook (entre outras redes sociais) tentou antecipar as preocupações com a desinformação, a interferência nas eleições e os possíveis apelos à violência em torno da eleição presidencial. 

No início de setembro, anunciou que deixará de aceitar anúncios políticos na semana anterior ao dia das eleições, e está promovendo seu próprio Centro de Informação Eleitoral com informações confiáveis sobre como votar.

O Facebook também colocará um rótulo informativo em postagens que lançam dúvidas sobre o resultado da eleição ou declaram vitória prematuramente – uma questão que pode surgir se um grande número de pessoas votar por correio devido à pandemia da COVID-19, particularmente porque o Presidente Donald Trump alegou sem fundamento, que os votos por correio são fraudulentos.

A grande batalha contra a desinformação

Os esforços da empresa também se estendem além da política americana, incluindo um esforço para detectar e remover o discurso de ódio antes das eleições de Myanmar, também neste ano.

Entretanto, o Facebook falhou repetidamente em restringir o conteúdo que promove a violência ou a desinformação. Um relatório recente do New York Times descobriu que os teóricos da conspiração QAnon floresceram na plataforma, apesar das tentativas de repressão. 

Leia também: Facebook busca excluir informações enganosas de sua plataforma

Seu foco em Myanmar vem depois que oficiais militares usaram o Facebook para fomentar a violência genocida contra a minoria Rohingya do país, de acordo com o site Reuters.

 E não removeu um evento autoproclamado da milícia que os usuários advertiam com precisão que poderia levar à violência – algo que o CEO Mark Zuckerberg chamou mais tarde de “erro operacional”.

Traduzido e adaptado por equipe Revolução.etc.br

Fontes: The Verge, The New York Times, NPR.org, Financial Times, Reuters